quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

“As pessoas são engraçadas. Não conseguem manter a mesma forma de pensar ou de fazer alguma coisa, se não lhes for dada a cada passo uma razão nova para o fazerem. E depois de lhes terem dado uma razão nova, estão sujeitos de qualquer maneira a mudanças de opinião.”


Algumas pessoas actualmente não têm convicções fortes e estruturadas daquilo que desejam. Cada vez mais precisam de motivos e subornos para opinarem, e estas apresentam ou defendem a opinião daqueles que melhor retórica ou dinheiro aparentam ter. Se tivessem valores, normas, regras estabelecidas de acordo com os seus princípios, não necessitariam de se reger pela opinião dos outros, que muitas vezes nem vai ao encontro da nossa. A sociedade actual tende a optar pelo conformismo, cedendo sempre às opiniões dos outros.


“Recordo-me de como eu lhe disse uma vez que se paga um preço por ser-se bom tal como se paga por ser-se mau; há um preço a pagar. E são os homens bons quem não pode recusar a factura quando ela aparece.(…) Os homens maus podem recusá-la; é por isso que ninguém espera deles que paguem à vista ou noutra altura qualquer. Mas o bom não pode. Talvez leve mais tempo a ser-se bom do que a ser-se mau.”


Uma pessoa com carácter, com dignidade, ou seja, uma pessoa boa responsabiliza-se sempre pelas consequências dos seus actos, quer elas sejam boas ou más. Estas consequências ou facturas que temos a pagar nunca são recusadas pelo homem bom, caso o faça passará a ser um homem mau, que não se responsabiliza pelos seus actos, não os assume quando não lhe convém. O caminho do bem é sempre aquele que mais barreiras nos coloca, o mais difícil, sendo, contudo, o mais compensador “porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele. Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida, e como são poucos os que o encontram” (Mt 7,13-14).

1 comentário:

Ana* disse...

Agora venha-me cá dizer que não tem jeitinho para a coisa!! :p